quarta-feira, 21 de abril de 2010

GUERRA AO TERROR!

Teoricamente o filme do ano, na prática o filme mais JABÁ ever. Como assim ganhou do Avatar? Ok vou usar outro tópico só para falar  o que penso sobre o Avatar, mas desde já fico inconformada, ou melhor, o que esperar da Academia? Isso né? Premiar uma mulher por um filme de guerra, uma guerra atual sem sentido, que aos olhos da diretora Kathryn Bigelow passou de um filme quase cult, para o filme do Oscar 2010.

Well vamos ao filme em si:


Três soldados, William James (Jeremy Renner, fantástico), JT Sanborn (Anthony Mackie, sensacional) e Owen Eldridge (Brian Geragthy, muito bom) são os responsáveis por desativarem bombas. James é o que veste o escafandro e vai desarmar o explosivo e os outros dois ficam na retaguarda, de olho em qualquer pessoa ou movimento suspeitos. O problema é que, para os soldados, praticamente todos são suspeitos.  Escrito pelo jornalista Mark Boal, Guerra ao Terror (também indicado para o Oscar de script original) nasceu de uma série de reportagens que fez. Como na Guerra do Afeganistão, a do Iraque tem produzido vítimas por causa das minas, que o Taleban fazia com restos de armamentos. Ocorria no Afeganistão e ocorre no Iraque. O filme acompanha esse esquadrão antibombas. Há um conceito permanente em Guerra ao Terror. Refere-se à droga. James é movido a adrenalina. Ela é sua droga e ele tem prazer em arriscar a vida. É o que o move, no limite, embora, às vezes, esse louco suicida revele uma humanística preocupação pelo outro, pelo que é diferente.


A atuação dos três personagens principais é muito boa, faz você ficar preso ao filme e querer saber no que isso tudo vai dar. A tensão da guerra passa a tela e você parece sentir o que eles estão sentindo ali.


A diretora usa planos para nos aproximar aquela realidade e o faz muito bem.


Mas merecedora do Oscar? Desculpa, não. Avatar foi mundialmente reconhecido, moveu milhares de pessoas aos cinemas, introduziu definitivamente no circuito a linguagem 3D de uma forma nunca feita antes e a história compreendida somente para iniciados é de uma profundidade maravilhosa. Nada de clichês para quem vive clichês. 


Guerra ao Terror - nota 7 .



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